Revisão de Economia
A Crise de 1930 e o Avanço da Economia
O café deixou de guiar a economia brasileira por causa da crise, mas a produção agrícola continuou sendo superior a da indústria até 1956.
Acontecimentos:
Muitos especialistas alegam que foi uma época em que houve as crises mais profundas de toda a história.
Primeira Guerra Mundial
Grande Depressão
Segunda Guerra Mundial
O que são ciclos econômicos?
São crises que ocorrem nos países capitalistas em intervalos de sete a dez anos.
Crise econômica no Brasil:
1930 – Burguesia cafeeira perde a hegemonia política em favor da classe industrial avançando o processo da industrialização.
Crise e política de defesa do café:
Demanda do café atingiu seu limite
Produção continuou crescendo, levando a Superprodução no país
Política econômica:
Depreciava a moeda nacional nos momentos de queda dos preços de exportação, para diminuir as perdas dos produtores.
Queima da produção de 1931 a 1939
Compra do excedente pelo governo
As reservas foram consumidas na política de defesa, feitas à custa de financiamento externo.
Conseqüências:
Queda na renda nacional de até 30%, porém com a compra do excedente a renda começou a crescer.
Após a Grande depressão, o país iniciou o processo de substituição das importações implantando indústrias. No início utilizou-se a capacidade ociosa preexistente. Depois, o Brasil compra indústrias falidas do exterior e começa a produzir em território nacional para atingir as necessidades internas, com o objetivo de substituir as importações.
Primeira necessidade: bens não duráveis
Segunda necessidade: bens intermediários
Terceira necessidade: bens duráveis e de capital
O que é PSI?
Início da produção interna de um que antes era importado e a proibição da importação da linha de produtos fabricados no país. Isso mudou a pauta das importações, pois ao aumentar a produção de bens de consumo, aumentava a importação de bens de capitais e bens intermediários necessários à produção, assim, o volume das importações permanecia os mesmos.
1937 – Estado Novo – Golpe Militar de Vargas e início da Ditadura.
Descentralização da oligarquia do café
Inicio do projeto de investimento nacional (desenvolvimento industrial) com a intervenção estatal, porque os investidores externos não tinham interesse em investir em países subdesenvolvidos.
Pós Guerra – Governo Dutra eleito
Política liberal
Ilusão de divisas (reservas do país parecia confortável) com intenção de atrair investimentos estrangeiros.
1939 aboliu as restrições e o controle de fluxo de divisas
Grande preocupação do governo era controlar a inflação
1947 volta o controle cambial
Escassez do dólar leva a sobrevalorização cambial que facilitou o subsidio das importações de bens de capitais e bens intermediários
Protecionismo das importações de bens produzidos nacionalmente
Aumento da rentabilidade da produção para o mercado interno
Crédito da indústria cresceu, graças a Banco do Brasil
A única intervenção estatal (Dutra) foi a tentativa do plano SALTE
Plano SALTE (Saúde, alimentação, transporte e energia) era um plano de controle dos gastos públicos e dos investimentos de 1949 a 1953. Porém este plano não deu certo com exceção de algumas obras no setor de energia.
1950 - Getúlio Vargas
Tentativa de implantar as bases da indústria pesada.
Departamentos da economia:
Departamento I – Produtor de bens de capital e intermediários
Departamento II – Capitalistas (bens de luxo ou duráveis)
Trabalhadores (bens simples e ñ duráveis)
Projeto nacionalista não teve participação de financiamento externo. Foi realizado com o capital nacional graças a altas taxas de lucro das atividades industriais + valorização cambial + Dinheiro da agricultura da indústria.
Criação do BNDES – os recursos eram arrecadados com o adicional de 2% no IR. Este dinheiro era usado para infra-estrutura (transporte e energia) e para a implantação industrial.
Instrução 70 da SUMOC: condicionou as importações aos interesses industriais através do leilão de divisas.
Problemas:
Trabalhadores: reivindicações na participação dos ganhos de produtividade.
Empresas: descontente com a SUMOC que aumentou os custos das importações devido a desvalorização cambial.
O que é Prussianismo desfigurado?
Vargas não se entendia com a burguesia industrial.
O desentendimento com a burguesia + limitações de capital nacional impediu a abertura de caminhos autônomos para o desenvolvimento nacional.
Governo Café Filho
Instrução 113 SUMOC: permitia as empresas estrangeiras instaladas no país de importar maquinas e equipamentos sem cobertura cambial, facilitando a entrada de capitais estrangeiros.
Política:
Cortar gastos públicos (Investimentos) - Gudin
Contração monetária e crédito que resultou na crise bancária, falências e concordatas – Gudin
Restabeleceu a liquidez junto com o Banco do Brasil – Witacker
Propôs a reforma cambial com grande influência e participação do FMI, na tentativa de derrubar o PSI. No entanto, não obteve apoio e foi exonerado – Witacker.
Plano de Metas de JK
Objetivo do Plano de Metas: industrializar o país.
Jk inspirou-se no modelo adotado pela URSS.
Grupo Misto: BNDE – Cepal, objetivo: levantar os pontos de estrangulamento (Gargalo na produção) da economia principalmente os setores de transporte, energia, alimentação; identificar áreas industriais com demanda reprimida dada a escassez estrutural de divisas.
Planos de superação de pontos de estrangulamento.
Setores de energia, transporte, siderurgia e refino de petróleo receberam a maior parte dos investimentos. Subsídios e estímulos ao setor secundário.
Plano de metas tinha ênfase no capital estrangeiro. Financiava gastos públicos e privado via empréstimo do BNDE sob meios de pagamento e crédito e empréstimo no exterior.
Alta na inflação
Crescimento do PIB
Desenvolvimento industrial foi liderado pelo crescimento do setor de bens de capital e de consumos duráveis.
O crescimento foi estruturado no tripé: empresas estatais, capital estrangeiro e capital privado nacional.
O desenvolvimento do Departamento I só seria possível com a participação do capital estrangeiro.
Paradoxo do PSI: protecionismo na importação dos produtos e liberação na importação de recursos financeiros estrangeiros.
Oligopolização da economia brasileira:
Os principais ramos industriais reduziu a um pequeno número de grandes empresas
Empresas européias, japonesas e americanas
Domínio da produção industrial especialmente nas indústrias de transformação
Supremacia do capital externo devido ao número da produção e da intensidade de capital estrangeiro. O capital privado nacional fornecia apenas insumos e componentes.
Atuação restrita das EMN nos setor financeiro, de mineração, serviços, construção civil e agricultura.
PSI exigia o desenvolvimento do departamento I ainda mais intenso em termo de tecnologia avançada, por isso viva em dependência financeira e tecnológica dos países desenvolvidos.
Saldos comerciais ficaram negativos a partir de 1958
Empréstimos com prazos curtos
Conflito entre FMI e JK, levando ao rompimento das negociações, pois o EUA não aprovava o PSI e as altas taxas de inflação. Este conflito leva a queda no ritmo da produção industrial a partir de 1962.
A crise de 1962 a 1967 a primeira crise endógena
Causas:
Conjunturais: (Situação do momento)
Instabilidade política
Política econômica (Pano Trienal) levou a baixa da produção e a baixa do consumo.
Estruturais: (Problema na base de sustentação da economia)
Crise do populismo (Governo que dá prioridade para as massas excluídas)
Crise cíclica das economias industriais
Estagnação do PSI – não importava mais veículos, mas sim os componentes que não eram produzidos internamente.
Inadequação institucional
Governo Militar tinha como objetivo a baixa da inflação e preparar o país para o crescimento com menos gastos e o orçamento dentro da receita. Para isso, foi criado o PAEG (Plano de Ação Econômica do Governo) que teve como ações:
Medidas de combate a inflação:
Redução do Déficit Público
Política monetária restritiva – controle da emissão da moeda e do crédito
Receita maior (impostos e contenção salarial) e menores despesas
Reforma Institucional:
Reforma tributária
Criação do Banco Central, CMN, SFH, BNH – Até então era a SUMOC que fazia o papel do BACEN
Criação da Correção Monetária – ORTN
Crise: quando termina a construção, acabaram-se o emprego, gerando crise por menor quantidade de circulação da moeda.
Estagnação do PSI: parque industrial que precisava de produtos intermediários que não se produzia no país.
Inadequação institucional:
Indústria de automóveis e eletrodomésticos: o consumidor não tinha renda para comprar. A classe média comprou carro, depois as fábricas não tinham mais para quem vender
Demanda reprimida: com a baixa renda o consumo também era baixo
Não tinha órgãos financeiros para aquisição de bens para consumidor.
PAEG: apesar dos custos a população, o plano reduziu a inflação a 20% aa e executou um amplo conjunto de transformação institucional para o crescimento econômico que viria.
Inflação de demanda: excesso de procura no mercado leva a alta de preços. Para controlar, aumentava-se a taxa de juros, reduzia a circulação de moeda, adotando-se uma política monetária restritiva. Assim a economia ficava estagnada.
O Plano Trienal: era tentativa de diminuir a inflação e uma recessão a economia externa. Resultado, a economia quase que se estagnou, crescendo pouco, aumentando a taxa de inflação, que levou ao golpe militar.
O milagre brasileiro: auge e crise
Desenvolvimento econômico no pós-guerra
Crescimento da economia brasileira
Causas:
O aumento dos investimentos públicos em infra-estrutura
Investimento das empresas estatais
Aumento do consumo de bens duráveis e liberação de crédito
Crescimento da construção civil
Aumento das exportações
A infra-estrutura foi financiada com dinheiro público e do BNDES, na compra de equipamentos e no escoamento. E não houve participação de capital estrangeiro.
Milagre econômico só aconteceu no setor industrial.
O Brasil empresta dinheiro estrangeiro para deixar nas reservas do BACEN sem necessidade, pagando juros de um capital a ser utilizado a muitos meses despois. Assim a dívida externa só foi aumentando.
1973 – choque do petróleo
Houve investimento em infra-estrutura, mas não em indústras. O país chega no limite do crescimento.
Financiamento conveniente:
Dinheiro sobrando no mercado mundial
Longo prazo
Juro baixo
O milagre econômico fez crescer e desenvolver a economia, mas não o padrão de vida da população. Só beneficiou a classe alta e média. A classe baixa teve perda aquisitiva no salário
Auge do milagre: aumento das importações de bens de produção. O Departamento I era insuficientemente desenvolvido.
Segundo PND (Plano Nacional de Desenvolvimento)
O II PND foi uma tentativa de reeditar o milagre, produzindo uma onda de estrutura e tirando o país do subdesenvolvimento.
Motivo: falta infra-estrutura (energia, petróleo)
Os pontos de estrangulamento fez cair o PIB
O mundo inteiro está em crise por causa da crise do petróleo, com uma política econômica recessiva, juro alto, pouco crédito e pouco dinheiro em circulação. Fez cair o consumo, a produção, e sem produção não precisa investimento.
Infra-estrutura: energia elétrica e nuclear, petróleo com prospecção e rerino, siderúrgicas, petroquímicas, Industrias de bens de capital, estradas, proalcool.
No Brasil o governo era Geisel que resolve assumir o risco de endividar-se e enfrentar a crise, investindo em infra-estrutura para quando a crise acabar, o país estar pronto para crescer. O financiamento externo foi importante neste momento, pois o país não tinha recursos internos.
Recursos petrodólares: faturamento dos países árabes estava em alta com a produção de petróleo, sobrando assim dinheiro no mercado externo e nos bancos da Europa. Este dinheiro de sobra tinha que girar, mesmo com juro baixo.
No entanto, os EUA estava em crise, resolveu aumentar os juros e enxugou os dólares do Mercado Internacional.
Limites do II PND:
Gigantismo do projeto
Escassez de moeda internacional no inicio do plano
Projetos inacabados por falta de recursos.
Efeitos do II PND: quase triplicou a dívida externa.
Contradições do II PND:
Classe média ia muito bem
Classe baixa recebia salários ajustados abaixo da inflação.
Crescimento ligado as importações, pois para produzir tinha que importar alguns itens que não tinha no país.
Um comentário:
Parabéns Cibele texto muito conciso e claro.
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