quinta-feira, 26 de junho de 2008

Filosofia: Introdução a Filosofia

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

Disciplina de Filosofia

Curso de Administração. Turma 32, 2004.

Aluna: Cibele dos Santos de Oliveira. R.A: 35116



Resumo: ARANHA, M.L.A; MARTINS, M.H.P. Filosofando, introdução à Filosofia. 3 ed. São Paulo, Moderna, 2003. “O que é Filosofia?” (p. 87 a 91).


As autoras iniciam o capítulo 8 do livro Introdução à Filosofia, descrevendo um pouco da figura de Sócrates, que era um sábio irônico, que viveu no Séc. V a.C., discutia em praça pública, fazendo perguntas aos que diziam ter conhecimento, até fazer com que estes reconhecessem a própria ignorância. Dessa forma, as autoras compararam a Filosofia com Sócrates, por ser alteradora da ordem, perturbada e sempre expulsa ou excluída, e muitas vezes, considerada inútil, perante a sociedade. Neste capítulo, procura-se a definição de Filosofia, explicando suas características, utilidades e diferenças entre ciência.

A palavra filosofia significa amor a sabedoria. Foi usada primeiramente pelo filósofo e matemático Pitágoras (séc. VI a.C.). Assim, definindo a origem e formação da palavra, pode-se ver que a Filosofia é a procura amorosa da verdade. Existe diferença entre filosofia de vida e a reflexão do filósofo, segundo o livro, filosofia de vida é o filosofar espontâneo em que buscamos dar sentido a tudo em nosso meio, sem levar as últimas conseqüências e sem buscar os fundamentos. Já a filosofia do filósofo exige o rigor que o bom senso não preenche. Exige também, mais coerência, explica o desenvolvimento do pensamento e as diversas tentativas de solução, tendo uma argumentação coerente e sistemática.

A filosofia tem três características: radical, rigorosa e de conjunto sobre os problemas da realidade. A reflexão radical busca a raiz e os fundamentos de determinado assunto ou tema, volta o pensamento para si. A reflexão rigorosa é intransigente, leva as conclusões até as ultimas conseqüências, dessa forma os filósofos inovam nos seus caminhos de reflexão, usando vários métodos. A filosofia é de conjunto porque visa uma totalidade, sendo o objeto de estudo tudo a sua volta, pois nada escapa a seu interesse.

O capítulo também fala da diferença entre ciência e filosofia. Na verdade, a ciência nasceu da filosofia, porém depois se separa e segue caminhos diferentes, aproximando-se apenas pela técnica da teoria. A ciência é específica em determinadas áreas, investiga partes, fragmentos do real, permitindo conclusões e mais objetividade, mostrando como os fenômenos ocorrem e como prevê-los. Contudo, o objeto de estudo da filosofia é a totalidade e não apenas uma parte ou uma área específica. Na filosofia é estabelecido o elo entre as diversas formas do saber e do agir, partindo da experiência de vida.

A necessidade da filosofia está no fato de que pela reflexão é permitida mais de uma dimensão. É a filosofia que dá o distanciamento para avaliação dos fundamentos dos atos e dos fins, reúne o pensamento fragmentado da ciência e o reconstrói na sua unidade, retoma a ação do tempo e procura compreender. Ela possibilita a capacidade de mudar a situação dada e não-escolhida, recuperando o imobilismo das coisas feitas, impedindo a estagnação. A filosofia também contribui para a liberdade analisando as ações e operações repressoras e simplificadoras.

Segundo as autoras, a filosofia é portanto, crítica a ideologia entendida como forma ilusória de conhecimento que visa a manutenção de privilégios, colocando “nu” aquilo que é escondido, desvendando o que está encoberto pelo poder e costume. Sendo assim, todos devem se aproximar da filosofia como reflexão crítica e autônoma a respeito da realidade.



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