quinta-feira, 26 de junho de 2008

Teoria Psicanalítica

RESUMO: BOCK, A. M. Psicologia – uma introdução ao estudo de Psicologia. 13.ed. São Paulo: Saraiva, 2002. “Teoria Psicanalítica”

A teoria psicanalítica foi fundada pelo austríaco Freud (1856 – 1939). Freud estudou os aspectos irracionais da vida humana, introduzindo à Psicologia o estudo da irracionalidade. Os conceitos principais da psicanálise são: energia, libido e catéxis; subdivisões da personalidade – id, ego e superego; qualidades mentais – consciente, pré-consciente e inconsciente; os instintos; as defesas do ego e a formação das características individuais.

A primeira teoria do aparelho psíquico (1900): Descoberta do inconsciente, pré-consciente e consciente.
Inconsciente: constituído por conjuntos reprimidos que não tem acessos aos sistemas pré-consciente/consciente pela ação de censuras internas. É regido por leis próprias de funcionamento, é atemporal.
Pré-consciente: é aquilo que não está na consciência, mas pode estar.
Consciente: sistema que recebe informações do mundo interno e externo. (percepção, atenção e raciocínio).
Descobertas da sexualidade infantil:
Função sexual existe desde o princípio da vida.
O período da sexualidade é longo e complexo.
Energia: algo que pode ser transformado, dirigido, acumulado, preservado, descarregado e dissipado, mas não pode ser totalmente destruído. Estas são: catéxis e libido.
Catéxis: são forças que atuam na vida mental, em interação, inibem ou favorecem o desenvolvimento de outras.
Libido: força sexual, origina-se das zonas erógenas, podendo ser armazenadas no ego ou ser investidas em objetos sexuais. A libido é a energia dos instintos sexuais.
Fases do desenvolvimento sexual: fase oral, fase anal, fase fálica, latência e genital.

Complexo de Édipo: é nesta fase que ocorre a estruturação da personalidade do individuo, dos 3 aos 5 anos, durante a fase fálica. A mãe é objeto de desejo do menino e o pai é o rival que impede seu acesso a mãe. O filho procura ser o pai para ter a mãe, escolhendo-o como modelo de comportamento, porem por medo de perder o amor do pai, desiste da mãe e troca seu desejo pela riqueza do mundo social e cultural.

A segunda teoria do aparelho psíquico (1920 – 1923): descoberta do id, ego e superego.
Id: reservatório da energia psíquica, onde ficam as pulsões é regido pelo princípio do prazer.
Ego: estabelece o equilíbrio entre as exigências do id, as exigências da realidade e as ordens do superego. Procura dar conta dos interesses da pessoa. É regido pelo princípio da realidade junto com o principio do prazer regendo o funcionamento psíquico. As funções básicas são percepção, memória, sentimentos, pensamento.
Superego: origina-se do complexo de Édipo, partir da internalização das proibições, dos limites e da autoridade. As funções do superego são a moral e os ideais, seu conteúdo refere-se as exigências culturais.

Mecanismos de defesa: são processos realizados pelo ego e são inconscientes, ocorrendo independente da vontade do individuo. Os mecanismos são:
Recalque: só ouve o que interessa.
Formação reativa: atitude oposta ao desejo.
Regressão: retorna a etapas anteriores.
Projeção: confluência de distorções do mundo externo e interno.
Racionalização: justifica os estados deformados da consciência.
Repressão: frustra a energia instintiva, criando um bloqueio ao instinto, de modo que ele não pode ser tornar consciente ou expressar em forma de comportamento aberto.
Sublimação: é o desvio da energia sexual (libido) do seu objetivo sexual para objetivos culturais.
Existem outros tipos de mecanismos de defesa tais como: denegação, identificação, isolamento, anulação retroativa, inversão e retorno sobre si mesmo.


Contribuições da teoria psicanalítica: a teoria trouxe como contribuição à Psicologia, a compreensão do comportamento humano; o reconhecimento da importância do processo de socialização e de suas conseqüências para o desenvolvimento da personalidade, reduzindo os fatores sociais ao familiar e suas relações com o individuo. Consequentemente, deduz-se que as causas do comportamento humano na organização devem ser identificadas como oriundas do processo de socialização e de suas relações com o grupo familiar. Assim, a teoria não leva em consideração o contesto organizacional onde o indivíduo está inserido.

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