quinta-feira, 26 de junho de 2008

O Perfil do Administrador do presente, face as Novas Tecnologias da Informação

Por Solange Moreira Dias de Lima

05/10/2002

"Assim como ninguém aprende tanto sobre um

assunto como o homem que é obrigado a ensiná-lo,

também ninguém se desenvolve tanto como o homem

que tenta ajudar os outros a se autodesenvolverem."

Peter Drucker.

RESUMO

O novo ambiente empresarial provoca a necessidade das empresas se tornarem organizações de aprendizagem. Para isso, uma série de mudanças devem acontecer, sobretudo no perfil do administrador que atua nessas organizações. Essas mudanças passam por uma série de resistências, provocadas pelo modelo institucional de ensino, que limita a iniciativa, a criatividade e o livre arbítrio dentro das empresas. Neste trabalho, porém, são apresentados alguns modelos de aprendizagem para ajudar aos novos administradores a enfrentar as mudanças tão repentinas que vêm ocorrendo dentro e fora das empresas, considerando-se que o perfil do '' novo administrador" seja um eterno aprendiz, utilizando-se da melhor forma possível, as novas tecnologias de informação.

1 - INTRODUÇÃO

O mercado de trabalho está passando por profundas transformações neste início de século. Cada vez mais profissionais, principalmente no nível executivo, estão se defrontando com novos desafios, tais como globalização, descentralização, downsizing e terceirização. As próprias noções de emprego e trabalho, estão mudando. Nesse sentido, este administrador deverá ter bem claro em sua mente qual o papel do administrador nesta virada de século; que conhecimentos ele deve ter e reciclar para se preparar para esses novos desafios e as habilidades que lhe serão exigidas, num ambiente tão tumultuado e competitivo.

Hoje, portanto, Globalização é um fator condicionante de toda ação administrativa. A evolução tecnológica acelerada é outro fator fundamental para a compreensão das mudanças que estão ocorrendo; além disso, a descentralização dos processos de decisão e ação é uma reação das organizações, em busca de agilidade, que está se consolidando cada vez mais. Neste contexto, porém, o deslocamento do poder e a inversão da pirâmide organizacional, caminhando para uma horizontalização das empresas é uma tendência destacada. O uso cada vez mais generalizado da informatização, onde as novas Tecnologias de Informação, cruzada com a tendência globalizante, tem produzido efeitos curiosos no ambiente de negócios.

Esse trabalho, porém, visa mostrar que o administrador, como um agente de transformação dessas relações necessita de um novo perfil, caracterizado pela necessidade emergente de mudar a sua maneira de vislumbrar o processo de aprendizagem como uma forma de qualificação e requalificação profissional, passando a concebê-la como um instrumento de renovação de seus conhecimentos que ocorre no dia-a-dia das organizações. Assim, torna-se importante fazer uma análise de como esse administrador pode se tornar o principal elemento capaz de manter as organizações competitivas e rentáveis, através da gestão do conhecimento, utilizando-se das novas tecnologias de Informação como verdadeira aliada.

2 - A Globalização e o novo perfil

Com a globalização econômica, a temática prioritária no campo empresarial passou a ser a competitividade. Nesse caminho, a necessidade de se impor em um mercado sem fronteiras fez com que as economias substituíssem o trabalho humano pela eficiência e perfeição da alta tecnologia, muitas vezes gerando desemprego ou realocando trabalhadores para funções menos nobres.

Existem, atualmente 800 milhões de desempregados em todo o mundo. Nos países subdesenvolvidos, a situação é ainda pior. É longo o caminho que precisam percorrer para alcançar o nível de automação do Primeiro Mundo e, além disso, amargam com freqüência dois tipos de desemprego: conjuntural - causado pelo arrocho no crédito e taxa de câmbio que limita as exportações - e estrutural - provocado pela mudança no processo de produção ou no mix de bens e serviços produzidos em certos momentos. Esse último, resultante da substituição do Homem pelas Máquinas.

Essa redução dos empregos nas indústrias também está relacionada com as mudanças organizacionais. Os administradores estão diminuindo os cargos de chefia, a pirâmide organizacional e estão terceirizando grande parte das atividades. Nas empresas modernas, multiplica-se a idéia de que é melhor subcontratar serviços a contratar gerentes. O objetivo da empresa moderna é conseguir o máximo de autonomia com o mínimo de intervenção humana. Respondendo a tantas mudanças, o mercado sugere a necessidade de um novo perfil profissional: "As empresas não mais precisam de profissionais eminentemente técnicos, e sim, de pessoas voltadas para os processos de interpretação, elaboração e transformação". O profissional de sucesso não é mais aquele especializado em determinado assunto. Hoje, é preciso ter uma visão globalizada para atender a um consumidor exigente.

Para se obter esta qualificação profissional, entretanto, deve partir das empresas a iniciativa de oferecer treinamentos, cursos de informática e línguas estrangeiras e promover seminários internacionais, entretanto, se a empresa não investir na qualidade de seus funcionários, o profissional deverá tomar a iniciativa sempre que possível.

Enfim, lidar com essas mudanças, inovações e saber navegar em informações, lidando competentemente com pessoas em todos os níveis de poder, e tirando proveito dos conflitos que surgem das crises diárias, são pontos de preocupação da maioria dos administradores no ambiente atual.

3 - Exigências de um novo cenário...

Atualmente, caminha-se para um ambiente em que o tempo é o recurso mais escasso e verdadeiramente não renovável. A pressão da reação rápida, da resposta em curto espaço de tempo, está impressa nas atitudes e comportamentos e, gerenciar eficazmente o tempo é um diferencial competitivo tanto para empresas quanto para os profissionais em geral. Portanto, a maioria dos estudos na área de administração apresentam um cenário baseado na competitividade, na busca pela qualidade e pela produtividade. Para isso, o Administrador precisa de uma série de qualidades individuais e profissionais para ajudar as organizações a alcançar seus objetivos; qualidades estas que vem sendo cada vez mais valorizadas, considerando-o como um ser dinâmico e sistêmico, capaz de interagir, de participar ativamente da vida na e da organização, mesmo com todo o advento da Tecnologia.

Segundo Mariotti (1996),fomos educados num clima de competição, estimulados a lutar uns contra os outros, sendo que a competição seria própria da natureza humana, e, portanto, representaria a chave para todas as portas.

E agora, o que fazer diante de um cenário que requer um 'novo administrador', consciente de sua responsabilidade, mas com limitações culturais que dificultam a mudança de mentalidade, na forma de pensar , de agir e de decidir? O foco pode se transformar: da competição, onde pessoas competem com outras, para a competência, onde pessoas unem esforços, trabalham em conjunto, visando obter novos conhecimentos, novas habilidades, descobrindo novas formas de administrar uma organização baseada na aprendizagem, como processo contínuo de renovação e de transformação, este sendo, no entanto, o maior desafio do administrador atualmente.

No entanto, existem ainda aqueles que não admitem ou não querem enxergar estas modificações de comportamento e ambiente, dificultando as novas formas de se comunicar dentro da empresa, impedindo até (quem sabe), a evolução e o progresso da instituição, pensando de forma egocêntrica que o seu negócio não será afetado por nada disso, pois sua empresa tem anos e anos de experiência no mercado e ele, como administrador experiente, não precisa mudar seu comportamento por conta do que ocorre lá fora. Esse indivíduo está fadado a ser mais um na fila dos desempregados, sendo vítima desse mercado competitivo o qual ele se negou a enxergar e da sua própria ignorância de buscar novos conhecimentos, de querer continuar detendo o controle da empresa em suas mãos, insistindo em continuar naquele ambiente 'competitivo', porém sem 'competência'.

Aquele que não acompanhar e se adequar às mudanças desse novo cenário de constantes transformações, informatização substituindo mão-de-obra humana, que insistir nessa cultura de constante competição, esquecendo-se que o que se está exigindo atualmente ao invés de administrador competitivo é o administrador competente, estará fora do espetáculo bem antes que se imagina, pois o cenário está em reformas...

4 - Um desafio para o Administrador: Gestão do Conhecimento

A humanidade está inserida na era da informação. O grande volume de informações existentes contribui para tornar o conhecimento uma 'arma' a disposição das pessoas e das empresas para vencer a competitividade. A comunicação passou a ser valorizada, pois é o meio pelo qual se disseminam as informações, agregando valor aos indivíduos que conseguem transformar essas informações em conhecimentos. Há a necessidade de uma grande habilidade de relacionamento interpessoal, em aspectos como linguagem, comportamento, vivência multicultural e habilidade para negociação. Existe uma demanda por conhecimentos atualizados em Tecnologia da Informação, e seus impactos no ambiente de negócio, em seus diversos aspectos internos e externos à empresa. É crucial a capacidade - técnica e instrumental - de pesquisar, selecionar, analisar, sintetizar, discernir, aprender e manipular informações, tanto oriundas do meio ambiente, quanto as oriundas de dentro da empresa

Há uma necessidade muito grande de saber lidar com a inovação, em todos os aspectos, sabendo identificar oportunidades e traçar linhas de ação, com agilidade, para aproveitamento da situação. É fundamental a preparação para interagir, através de cursos direcionados, dinâmicas de grupos com profissionais especializados, adquirir mais e melhores conhecimentos dos seus companheiros de trabalho; monitorar e influir no clima organizacional, nos fatores de estimulo e motivação, e na cultura organizacional, através de seus valores, hábitos e crenças.

O administrador precisa conhecer seu ambiente de trabalho, seu mercado e seus clientes, criando comportamentos alternativos. Essa visão das transformações e movimentos no meio ambiente é que poderá nortear as decisões estratégicas na empresa, e a habilidade para lidar com a tecnologia - e seus efeitos colaterais - é crucial para o sucesso empresarial.

Porém, as mesmas razões que levam um administrador ao sucesso podem fazer sua carreira descarrilar. De 30 % a 50% dos executivos de grande potencial descarrilam, em geral, por não criarem comportamentos alternativos. Esses executivos agem se esquecendo de alguns fatos que podem ser cruciais para sua carreira, tais como: desatenção com as pessoas, mau desempenho em grupo, falhas na imagem e comunicação, insensibilidade à reação dos outros, dificuldade com autoridade, visão estreita ou ampla demais, indiferença e trabalho em isolamento. É preciso transforma-se numa pessoa melhor, saber quando seu ponto forte deixa de ser um motor de arranque e passa a ser um fardo pesado para carregar, e só se conseguirá isso através da busca de novos conhecimentos, baseando-se na melhoria de seu comportamento para melhor se adaptar ao novo ambiente inovador.

5 - Um modelo de aprendizado

Além das formas tradicionais de aprendizado e as citadas nesse trabalho, existe uma nova concepção de aprendizado, apresentada por Wick & León (1997), baseado no S.A B.E.R, composto de cinco passos interligados:

a) Selecionar: escolher uma meta que seja fundamental para você e para sua empresa;

b) Articular: determinar como você vai atingir a meta;

c) Batalhar: colocar o plano articulado em prática;

d) Examinar: avaliar o que e como você aprendeu; e

e) Recomeçar: determinar sua próxima meta de aprendizagem.

"A transformação está ligada ao aprendizado em profundidade, que questiona e rompe com os meios e resultados existentes ou 'antigos' e conduz a meios radicalmente novos" ( Gold, 1995, p.134).

Para isso o perfil do administrador deve englobar características que o tornem um administrador que APRENDE, e no entanto, dispor de alguns requisitos básicos para a aprendizagem organizacional:

Curiosidade intelectual;

Modéstia;

Autocrítica vigilante;

Capacidade de imaginar futuros alternativos;

Apetite pelo feedback;

Mecanismos conscientes para criar, coletar e disseminar conhecimentos,

Predisposição à experimentação.

Assim sendo, provavelmente, esse administrador terá mais disponibilidade para acatar esses novos conhecimentos, tendo como alvo, sua qualificação e excelência como profissional.

6 - Administrador do Passado versus Administrador do Terceiro milênio

Segundo Wick & León (1997), pode-se fazer uma comparação entre o administrador do passado e o administrador do futuro, que na realidade pertence a um futuro que já deveria estar presente nas organizações, como mostra o quadro abaixo:

OS ADMINISTRADORES DO PASSADO

OS ADMINISTRADORES DO TERCEIRO MILÊNIO

Aprendiam quando alguém lhes ensinava

Procuram deliberadamente aprender

Achavam que o aprendizado ocorria principalmente na sala de aula

Reconhecem o poder do aprendizado decorrente da experiência de trabalho

Responsabilizavam o chefe pela carreira

Sentem-se responsáveis pela sua própria carreira

Não eram considerados responsáveis pelo próprio desenvolvimento

Assumem a responsabilidade pelo seu próprio desenvolvimento

Acreditavam que sua educação estava completa ou só precisava de pequenas reciclagens

Encaram a educação como uma atividade permanente para a vida toda

Não percebiam a ligação entre o que aprendiam e os resultados profissionais

Percebem como o aprendizado afeta os negócios

Deixavam o aprendizado a cargo da instituição

Decidem intencionalmente o que aprender

Quadro 01 - Análise comparativa entre os Administradores do passado e os Administradores do terceiro milênio. Fonte: Wick & León (1997)

O quadro 01 demonstra que os administradores devem se responsabilizar pelo próprio aprendizado e estar conscientes que o seu desenvolvimento pessoal e profissional dependem muito mais das suas ações pessoais na busca de novos conhecimentos.

Daí poder-se citar o caso de diferenças etárias nas organizações, onde ainda hoje é visto como um problema. Vê-se pessoas jovens bem sucedidas e outras, de maior idade, que não conseguem atingir os objetivos que traçaram há anos. Isso pode ser perfeitamente explicado pelo quadro acima, tendo em vista a grande concorrência no mercado de trabalho, onde os jovens estão buscando com mais ansiedade seus objetivos, tendo maior poder de decisão sobre suas atitudes, poder de escolha entre o que fazer ou não, aprender ou não, se responsabilizando pelos seus próprios atos.

De fato, sem se atualizar, qualquer profissional será descartado, tenha ele 70 ou 25 anos de idade. As pessoas têm a capacidade de surpreender, de se atualizar, de virar o jogo. Portanto, ainda não inventaram nada melhor do que a experiência; sendo assim, está sendo muito utilizado em grandes empresas, se colocar jovens empreendedores, cheios de novos conceitos e idéias junto com veteranos para trabalharem como incentivo à troca constante de experiências.

Dessa forma, as empresas devem contar com a experiência dos veteranos que conhecem muito sobre ela e a força dos jovens, cheios de idéias e ideais. Ambos se completam.

6.1 - O administrador e a Internet

A Internet está hoje em todos os lugares na vida do administrador. Na empresa, ou na vida particular, o gestor de negócios se depara com a presença da Internet a todo momento. O comércio eletrônico está mudando a forma como as empresas fazem seus negócios, o comportamento do consumidor on-line está cada vez mais diferenciado. A comunicação organizacional está entrando em um outro patamar com as Intranets. A cooperação entre as empresas está criando novas alternativas de redução de custo de produtividade com as extranets. Enfim, modelos totalmente novos estão surgindo, e acompanhar essas mudanças não é nada fácil, mas absolutamente necessário num ambiente competitivo globalizado como o atual.

Não é só na estratégia competitiva e nas relações externas que a Internet é uma nova variável, que muda completamente a equação do sucesso. Na gestão interna da empresa também o impacto das tecnologias ligadas à Internet é grande. Graças ao advento do e-mail e das intranets, por exemplo, muito do "capital intelectual" das empresas está encontrando uma nova alternativa e valorização. A agilidade dos processos internos está aumentando vertiginosamente, impactando a forma como se estrutura e administra as organizações.

Porém, muito se tem veiculado sobre a explosão da Internet, e muitos aspectos da sociedade passam a ser discutidos com essa perspectiva. O e-commerce, o marketing eletrônico, os serviços de suporte a clientes via correio eletrônico são alguns dos aspectos importantes da Internet para as empresas, e que vem sendo discutidos cada vez mais nos meios de Administração e de Tecnologia da Informação.

Esse tipo de comunicação ainda recente, ainda não está sendo alvo de grandes estudos, estando o assunto longe de esgotar o interesse científico e acadêmico. A Internet é realmente útil para todos, porém é um verdadeiro desafio, pois a tecnologia é cada vez mais complexa, os softwares são cada vez mais sofisticados, a necessidade de treinamento é cada vez maior e o custo de administração desses sistemas se eleva continuamente; portanto, comprar é cada vez mais fácil, mas gerenciar esta compra ainda é muito caro.

A crença de que a Internet permite que qualquer empresa atue globalmente em todos os mercados, tem levado, principalmente as pequenas empresas a procurarem a Internet como alternativa de marketing e prospecção de novos mercados. Outrossim, é necessária toda uma estrutura por trás da operação, um administrador que realmente se intere dessa nova pauta, para garantir o plano desejado e a entrega dos produtos e serviços a seus clientes.

A rapidez tem sido, talvez, o maior desafio das empresas, além da exigência de eficiência e eficácia dos administradores de empresas. Assim, nas organizações hoje, a maioria pensa estar indo rápido quando, na verdade, o que acontece, é apenas se estar tendo pressa. A verdadeira rapidez é uma particularidade da ação, não do pensamento. É necessário planejar cuidadosamente, para, então poder agir rápido. E isso o administrador de empresas deve ter em mente sempre que se deparar com novas Tecnologias de Informação, sabendo utilizar dessas informações e da Internet propriamente dita, para melhor auxiliá-lo em seus afazeres, não se esquecendo da memória organizacional, pois sem memória, sem se conhecerem, as empresas ficam fadadas a cometerem os mesmos erros constantemente. Uma memória ativa, um administrador eficiente e uma correta utilização das novas TI , permitirão a esta empresa queimar algumas etapas, simplificar caminhos e assim, como a velocidade da ação cobra o tempo do planejamento, a memória do passado é crucial para as ações futuras.

A Internet está aí para auxiliar a todas as pessoas que queiram 'ganhar tempo' de alguma forma, mas, são necessários alguns princípios para se ter eficiência com essa nova ferramenta de trabalho: Ter um bom treinamento para melhor utilizá-la; saber discernir o que é útil e o que é fútil; o que é e o que não é compatível com suas necessidades.

Esse talvez seja apenas mais um desafio para os Administradores ...

6.2 - Uma questão a ser revista:

O problema pode ser o da explosão da "não-informação". Essa discussão é importante para a questão do administrador neste século, uma vez que estamos entrando em um novo ciclo econômico, fortemente baseado em Tecnologia da Informação, conhecido como Era da Informação, ou ainda Era do Conhecimento. Essa Era da Informação pode criar novas formas de participação para as pessoas, interrelacionando diferentes culturas. O administrador precisa tanto da criatividade, da agilidade, da capacidade de se modificar, de se adaptar continuamente, quanto da confiança, constância e permanência de seus sistemas de informação. A empresa precisa de ambos: criatividade e rapidez. A solução dessas questões é fundamental no processo de formação desses "gestores de conhecimentos", ou seja, de cada um de nós daqui para frente!

A imagem dessa era, no entanto, ainda se concentra em tecnologias de hardware, produção em massa, estreitos modelos econômicos de eficiência e competição, e é mais uma extensão de idéias e métodos industriais do que um novo estágio no desenvolvimento humano, ou seja, "ou o administrador gerencia mudanças, ou não administrará nada!"

7 - Considerações finais

Todos os aspectos levantados neste trabalho demonstram que o perfil do administrador de hoje, é o de um eterno aprendiz, capaz de levar o seu aprendizado para o ambiente das organizações. Além disso, o aprendizado pode se tornar um instrumento capaz de guiar todas as suas ações, tornando-se uma verdadeira filosofia de vida. As empresas modernas devem se tornar gestoras de conhecimentos para ajudá-las a se transformar continuamente e sobreviver às mudanças tão rápidas que vêm ocorrendo no ambiente empresarial. Para isso, é necessário a mudança do perfil do administrador, que, além de uma formação técnico-científica, deve ter uma formação humanística, interdisciplinar e sistêmica, levando a aprendizagem para todos os níveis organizacionais, através de novas Tecnologias de Informação, introduzindo, portanto uma nova concepção de administração nas organizações.

O Administrador deve estar consciente dessas novas transformações, que é um processo rápido e poderá transformá-lo no principal agente de mudanças da organização, e se essa nova concepção de organização for introduzida com sucesso, poderá provocar mudanças na mentalidade das organizações, chegando aos lares dos funcionários, mudando toda uma sociedade. É, portanto, uma nova modalidade de responsabilidade social que se encontra nas mãos dos grandes gestores das organizações: os seus administradores...

8 - Referências Bibliográficas:

GOLD, J. A empresa que aprende baseada no conhecimento In: CLARKE, T., MONKHOUSE, E. Repensando a Empresa. São Paulo: Pioneira, 1995. MARIOTTI, Humberto. Organizações de Aprendizagem. Educação continuada e a empresa do futuro. São Paulo: Atlas, 1996.

SILVA, Anielson Barbosa da. Globalização, Tecnologia e Informação: a tríade que desafia a administração. Brasília, Revista Brasileira de Administração. V.8, n.22, 1998.

VAILL, P.B. Aprendendo Sempre. Estratégias para sobreviver num mundo em permanente mutação. São Paulo: Futura, 1999.

WICK, C.W., León, L.S. O desafio do Aprendizado. Como fazer sua empresa estar sempre à frente do mercado. São Paulo: Nobel, 1999.


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