quinta-feira, 26 de junho de 2008

Revisão de Economia

Revisão de Economia

A Crise de 1930 e o Avanço da Economia


O café deixou de guiar a economia brasileira por causa da crise, mas a produção agrícola continuou sendo superior a da indústria até 1956.


Acontecimentos:

Muitos especialistas alegam que foi uma época em que houve as crises mais profundas de toda a história.

  • Primeira Guerra Mundial

  • Grande Depressão

  • Segunda Guerra Mundial


O que são ciclos econômicos?

São crises que ocorrem nos países capitalistas em intervalos de sete a dez anos.




Crise econômica no Brasil:

1930 – Burguesia cafeeira perde a hegemonia política em favor da classe industrial avançando o processo da industrialização.


Crise e política de defesa do café:

  • Demanda do café atingiu seu limite

  • Produção continuou crescendo, levando a Superprodução no país


Política econômica:

  • Depreciava a moeda nacional nos momentos de queda dos preços de exportação, para diminuir as perdas dos produtores.

  • Queima da produção de 1931 a 1939

  • Compra do excedente pelo governo

  • As reservas foram consumidas na política de defesa, feitas à custa de financiamento externo.


Conseqüências:

Queda na renda nacional de até 30%, porém com a compra do excedente a renda começou a crescer.


Após a Grande depressão, o país iniciou o processo de substituição das importações implantando indústrias. No início utilizou-se a capacidade ociosa preexistente. Depois, o Brasil compra indústrias falidas do exterior e começa a produzir em território nacional para atingir as necessidades internas, com o objetivo de substituir as importações.

  • Primeira necessidade: bens não duráveis

  • Segunda necessidade: bens intermediários

  • Terceira necessidade: bens duráveis e de capital


O que é PSI?

Início da produção interna de um que antes era importado e a proibição da importação da linha de produtos fabricados no país. Isso mudou a pauta das importações, pois ao aumentar a produção de bens de consumo, aumentava a importação de bens de capitais e bens intermediários necessários à produção, assim, o volume das importações permanecia os mesmos.


1937 – Estado Novo – Golpe Militar de Vargas e início da Ditadura.

  • Descentralização da oligarquia do café

  • Inicio do projeto de investimento nacional (desenvolvimento industrial) com a intervenção estatal, porque os investidores externos não tinham interesse em investir em países subdesenvolvidos.


Pós Guerra – Governo Dutra eleito

  • Política liberal

  • Ilusão de divisas (reservas do país parecia confortável) com intenção de atrair investimentos estrangeiros.

  • 1939 aboliu as restrições e o controle de fluxo de divisas

  • Grande preocupação do governo era controlar a inflação

  • 1947 volta o controle cambial

  • Escassez do dólar leva a sobrevalorização cambial que facilitou o subsidio das importações de bens de capitais e bens intermediários

  • Protecionismo das importações de bens produzidos nacionalmente

  • Aumento da rentabilidade da produção para o mercado interno

  • Crédito da indústria cresceu, graças a Banco do Brasil

  • A única intervenção estatal (Dutra) foi a tentativa do plano SALTE


Plano SALTE (Saúde, alimentação, transporte e energia) era um plano de controle dos gastos públicos e dos investimentos de 1949 a 1953. Porém este plano não deu certo com exceção de algumas obras no setor de energia.



1950 - Getúlio Vargas


Tentativa de implantar as bases da indústria pesada.


Departamentos da economia:

Departamento I – Produtor de bens de capital e intermediários

Departamento II – Capitalistas (bens de luxo ou duráveis)

Trabalhadores (bens simples e ñ duráveis)



Projeto nacionalista não teve participação de financiamento externo. Foi realizado com o capital nacional graças a altas taxas de lucro das atividades industriais + valorização cambial + Dinheiro da agricultura da indústria.


Criação do BNDES – os recursos eram arrecadados com o adicional de 2% no IR. Este dinheiro era usado para infra-estrutura (transporte e energia) e para a implantação industrial.



Instrução 70 da SUMOC: condicionou as importações aos interesses industriais através do leilão de divisas.


Problemas:

  • Trabalhadores: reivindicações na participação dos ganhos de produtividade.

  • Empresas: descontente com a SUMOC que aumentou os custos das importações devido a desvalorização cambial.



O que é Prussianismo desfigurado?

Vargas não se entendia com a burguesia industrial.


O desentendimento com a burguesia + limitações de capital nacional impediu a abertura de caminhos autônomos para o desenvolvimento nacional.



Governo Café Filho


Instrução 113 SUMOC: permitia as empresas estrangeiras instaladas no país de importar maquinas e equipamentos sem cobertura cambial, facilitando a entrada de capitais estrangeiros.


Política:

  • Cortar gastos públicos (Investimentos) - Gudin

  • Contração monetária e crédito que resultou na crise bancária, falências e concordatas – Gudin

  • Restabeleceu a liquidez junto com o Banco do Brasil – Witacker

  • Propôs a reforma cambial com grande influência e participação do FMI, na tentativa de derrubar o PSI. No entanto, não obteve apoio e foi exonerado – Witacker.


Plano de Metas de JK


Objetivo do Plano de Metas: industrializar o país.

Jk inspirou-se no modelo adotado pela URSS.


Grupo Misto: BNDE – Cepal, objetivo: levantar os pontos de estrangulamento (Gargalo na produção) da economia principalmente os setores de transporte, energia, alimentação; identificar áreas industriais com demanda reprimida dada a escassez estrutural de divisas.


Planos de superação de pontos de estrangulamento.


Setores de energia, transporte, siderurgia e refino de petróleo receberam a maior parte dos investimentos. Subsídios e estímulos ao setor secundário.


  • Plano de metas tinha ênfase no capital estrangeiro. Financiava gastos públicos e privado via empréstimo do BNDE sob meios de pagamento e crédito e empréstimo no exterior.

  • Alta na inflação

  • Crescimento do PIB


Desenvolvimento industrial foi liderado pelo crescimento do setor de bens de capital e de consumos duráveis.

O crescimento foi estruturado no tripé: empresas estatais, capital estrangeiro e capital privado nacional.

O desenvolvimento do Departamento I só seria possível com a participação do capital estrangeiro.


Paradoxo do PSI: protecionismo na importação dos produtos e liberação na importação de recursos financeiros estrangeiros.


Oligopolização da economia brasileira:

  • Os principais ramos industriais reduziu a um pequeno número de grandes empresas

  • Empresas européias, japonesas e americanas

  • Domínio da produção industrial especialmente nas indústrias de transformação

  • Supremacia do capital externo devido ao número da produção e da intensidade de capital estrangeiro. O capital privado nacional fornecia apenas insumos e componentes.


Atuação restrita das EMN nos setor financeiro, de mineração, serviços, construção civil e agricultura.


PSI exigia o desenvolvimento do departamento I ainda mais intenso em termo de tecnologia avançada, por isso viva em dependência financeira e tecnológica dos países desenvolvidos.


  • Saldos comerciais ficaram negativos a partir de 1958

  • Empréstimos com prazos curtos

  • Conflito entre FMI e JK, levando ao rompimento das negociações, pois o EUA não aprovava o PSI e as altas taxas de inflação. Este conflito leva a queda no ritmo da produção industrial a partir de 1962.





A crise de 1962 a 1967 a primeira crise endógena



Causas:

  1. Conjunturais: (Situação do momento)


        1. Instabilidade política

        2. Política econômica (Pano Trienal) levou a baixa da produção e a baixa do consumo.


  1. Estruturais: (Problema na base de sustentação da economia)


        1. Crise do populismo (Governo que dá prioridade para as massas excluídas)

        2. Crise cíclica das economias industriais

        3. Estagnação do PSI – não importava mais veículos, mas sim os componentes que não eram produzidos internamente.

        4. Inadequação institucional



Governo Militar tinha como objetivo a baixa da inflação e preparar o país para o crescimento com menos gastos e o orçamento dentro da receita. Para isso, foi criado o PAEG (Plano de Ação Econômica do Governo) que teve como ações:

  • Medidas de combate a inflação:

    • Redução do Déficit Público

    • Política monetária restritiva – controle da emissão da moeda e do crédito

    • Receita maior (impostos e contenção salarial) e menores despesas


  • Reforma Institucional:

    • Reforma tributária

    • Criação do Banco Central, CMN, SFH, BNH – Até então era a SUMOC que fazia o papel do BACEN

    • Criação da Correção Monetária – ORTN


Crise: quando termina a construção, acabaram-se o emprego, gerando crise por menor quantidade de circulação da moeda.


Estagnação do PSI: parque industrial que precisava de produtos intermediários que não se produzia no país.


Inadequação institucional:

  • Indústria de automóveis e eletrodomésticos: o consumidor não tinha renda para comprar. A classe média comprou carro, depois as fábricas não tinham mais para quem vender

  • Demanda reprimida: com a baixa renda o consumo também era baixo

  • Não tinha órgãos financeiros para aquisição de bens para consumidor.



PAEG: apesar dos custos a população, o plano reduziu a inflação a 20% aa e executou um amplo conjunto de transformação institucional para o crescimento econômico que viria.



Inflação de demanda: excesso de procura no mercado leva a alta de preços. Para controlar, aumentava-se a taxa de juros, reduzia a circulação de moeda, adotando-se uma política monetária restritiva. Assim a economia ficava estagnada.


O Plano Trienal: era tentativa de diminuir a inflação e uma recessão a economia externa. Resultado, a economia quase que se estagnou, crescendo pouco, aumentando a taxa de inflação, que levou ao golpe militar.


O milagre brasileiro: auge e crise


Desenvolvimento econômico no pós-guerra

Crescimento da economia brasileira


Causas:

  • O aumento dos investimentos públicos em infra-estrutura

  • Investimento das empresas estatais

  • Aumento do consumo de bens duráveis e liberação de crédito

  • Crescimento da construção civil

  • Aumento das exportações


A infra-estrutura foi financiada com dinheiro público e do BNDES, na compra de equipamentos e no escoamento. E não houve participação de capital estrangeiro.


Milagre econômico só aconteceu no setor industrial.

O Brasil empresta dinheiro estrangeiro para deixar nas reservas do BACEN sem necessidade, pagando juros de um capital a ser utilizado a muitos meses despois. Assim a dívida externa só foi aumentando.


1973 – choque do petróleo

Houve investimento em infra-estrutura, mas não em indústras. O país chega no limite do crescimento.


Financiamento conveniente:

  • Dinheiro sobrando no mercado mundial

  • Longo prazo

  • Juro baixo


O milagre econômico fez crescer e desenvolver a economia, mas não o padrão de vida da população. Só beneficiou a classe alta e média. A classe baixa teve perda aquisitiva no salário


Auge do milagre: aumento das importações de bens de produção. O Departamento I era insuficientemente desenvolvido.


Segundo PND (Plano Nacional de Desenvolvimento)


O II PND foi uma tentativa de reeditar o milagre, produzindo uma onda de estrutura e tirando o país do subdesenvolvimento.


Motivo: falta infra-estrutura (energia, petróleo)

Os pontos de estrangulamento fez cair o PIB


O mundo inteiro está em crise por causa da crise do petróleo, com uma política econômica recessiva, juro alto, pouco crédito e pouco dinheiro em circulação. Fez cair o consumo, a produção, e sem produção não precisa investimento.


Infra-estrutura: energia elétrica e nuclear, petróleo com prospecção e rerino, siderúrgicas, petroquímicas, Industrias de bens de capital, estradas, proalcool.


No Brasil o governo era Geisel que resolve assumir o risco de endividar-se e enfrentar a crise, investindo em infra-estrutura para quando a crise acabar, o país estar pronto para crescer. O financiamento externo foi importante neste momento, pois o país não tinha recursos internos.



Recursos petrodólares: faturamento dos países árabes estava em alta com a produção de petróleo, sobrando assim dinheiro no mercado externo e nos bancos da Europa. Este dinheiro de sobra tinha que girar, mesmo com juro baixo.


No entanto, os EUA estava em crise, resolveu aumentar os juros e enxugou os dólares do Mercado Internacional.


Limites do II PND:

  • Gigantismo do projeto

  • Escassez de moeda internacional no inicio do plano

  • Projetos inacabados por falta de recursos.



Efeitos do II PND: quase triplicou a dívida externa.


Contradições do II PND:

  • Classe média ia muito bem

  • Classe baixa recebia salários ajustados abaixo da inflação.

  • Crescimento ligado as importações, pois para produzir tinha que importar alguns itens que não tinha no país.

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns Cibele texto muito conciso e claro.